sábado

não te encontro no meu procurar.

por mais que ande e pense...
por mais que eu tente...
tu continuas dentro de mim.
posso viver longe, não te tocar nem saber de ti, mas continuas vivo dentro de mim e é contigo que eu falo todos os dias.
é a ti que te conto os meus medos, as minhas alegrias, as minhas conquistas e por cada uma, penso que estás longe e que da minha vida já não fazes parte.
faço um esforço para me recordar da tua voz, mas ela já vai longe e a minha memória apagou. Apagou os teus sons.
mas não apagou o teu sorriso e o teu riso.
o teu olhar terno continua a preambular entre os meus secretos desejos de te encontra numa qualquer rua de Lisboa, onde o tempo irá parar e eu irei entrar dentro de ti e tu deixar-me-ás entrar. deixar-me-ás estar.
não te abandonei vento, apenas me refugiei da tua força para conseguir viver e sobreviver à tua experiência. ao teu ser.
continuas visceralmente dentro de mim.
espero que um dia, sem perguntas ou explicações te encontres comigo e me deixes entregar-te este tão grande amor que tenho.
vivo a fingir que não te sinto.
vivo sem saber viver sem ti.
procuro-te no céu, no arco-íris e nas estradas de luz com que me cruzo.
procuro-te na velocidade em que imprimo ao meu tempo ansiando a tua vinda.
procuro-te no espaço perdido entre o mar e a areia preta que me aquece os pés.
procuro-te dentro de mim e encontro-te em todos os meus poros.
sonho contigo e que estás bem.
sonho-te um dia perto de mim.
amo-te como sempre amei.
estou por aqui e por aí...