sábado

uma estória...

sim é verdade, estou com os copos.
Cheguei a casa e decidi vir para o computador para te escrever.
Escrever a um amigo que adoro e não posso falar com ele como falei antes ou como sempre imaginei que iria falar.
Por vezes espontaneamente quero telefonar-te ou escrever-te e não o faço.
Não faço por existir uma barreira do politicamente correcto, que não devo quebrar. Um espaço que não devo invadir.
Algo se quebrou entre nós.
Na realidade quebrou-se sem que no meu coração isso tenha acontecido.
Não sei qual a sua causa, não sei se foi um acumular de coisa que nunca serão ditas. Sei que nos afastámos e ambos sabemos a razão, sem o dizer ou sem o efectivamente saber.
Sim,sinto a falta da tua pessoa na minha existência.
Sou menos eu sem a tua presença... Mas sim, vou vivendo e sendo feliz!
Aceitar-te implica por vezes não me aceitar.
Não aceitar-te implica sempre não me aceitar.

Por vezes é preciso dizer que se ama alguém para que esse sentimento fique mais pequeno e se saiba lidar com ele.
Sim, por vezes achei que me apaixonava por ti. Hoje posso dizer, que muitas vezes me apaixonei por ti.
Apaixonei-me pela tua pessoa, pelo teu ser.
Nada disso envolve uma parte sexual.
Nada!
Apenas me apaixonei pelo ser bonito que és e que eu sei que és por o ter já sentido dentro de mim. Sei que não podemos voltar ao tempo em que usávamos personagens criadas por nós, em que éramos dois estranhos que imaginavam uma ilha diferente. Revoltados.
Sim, eu sei disso.
Tenho saudades tuas.
Do teu ser e o meu.
Do nosso mundo.
Onde o mundo é um monte de tretas sobre as quais divagamos.

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